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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

ABAIXO O CARREIRISMO SINDICAL

SAUDAÇÕES AOS CAMARADAS!

Ultimamente, o fantasma do PCCS tem me deixado sem dormir, não por causa do PCCS em si, mas pela maneira vil com que alguns membros da COMISSÃO de negociação de PCCS da FENTECT têm conduzindo as discussões com a ECT, deliberando de maneira arbitrária, autoritária, leviana, oportunista e desleal, pois ignora o processo legal de consulta as assembléias dos trabalhadores de todo o país. E o que é pior, cospe nas deliberações dos eventos promovidos pela própria federação, como fez com as deliberações do IX CONSIN.
Em um momento tão delicado de baixa credibilidade da FENTECT perante os trabalhadores de base, acreditamos ser mister que os DIRIGENTES DA FEDERAÇÃO assumam uma posição mais agressiva e de respeito a posição dos seus associados no tocante a agilidade de sanar problemas desta natureza. Não é admissível que a maioria dos representantes que compõe a COMISSÃO de PCCS continue conduzindo as discussões com a ECT, pois está claro que alguns membros não estão desempenhando os trabalhos a contento da categoria, ao contrário, tem contribuído para alimentar diversas suspeitas sobre os interesses que movem estas pessoas e a própria FEDERAÇÃO, afinal, não é novidade para ninguém as manobras que ex-dirigentes da própria federação (digo ex por acreditar que estas pessoas possam NUNCA mais receber o aval da categoria para ocupar cargos, seja nos seus estados ou mesmo na FENTECT) realizou para angariar cargos na administração da empresa, fazendo uso do seu cargo nesta federação para barganhar os interesses da categoria nacional em troca de migalhas pessoais – diga-se de passagem, que migalhas – será que precisamos mencionar nomes camaradas para rememorá-los, acredito que não, pois as pessoas as quais me reporto nesse momento estão vivas e visíveis a todos e oxalá estejam lendo este texto agora.
No tocante a declaração do camarada Luis Moraes (Biaia) “Infelizmente alguns membros da COMISSÃO DE PCCS se acham os ILUMINADOS, que estão acima do BEM e do MAL”, particularmente, suponho que estas pessoas não se acham iluminadas por acaso, aliás, não seriam tão pedantes a esse ponto, acredito que devem contar com o apoio de mais pessoas, afinal, como se pode perceber há sindicatos que aprovam as decisões desta COMISSÂO DE PCCS, nada contra quem apóia esta comissão, devo apenas respeitar, pois sem dúvida deve ter sido fruto de aprovação em assembléia e não cabe a minha pessoa questionar os fatores que levaram a essa decisão.
Deixo claro para o conhecimento dos senhores que a categoria em Sergipe esta sendo informada das decisões que a comissão do PCCS vem tomando, bem como dos membros que assinam os acordos ilegais, pois caso o encerramento das negociações não sejam favoráveis aos trabalhadores é preciso que nossa base saiba que não somos, nem nunca seremos coniventes com tais posturas, pois se em outros tempos SERGIPE era conceituada como uma base pelega ou de dirigentes descomprometidos com as questões sindicais. Gostaria de informar aos senhores, que os tempos são outros, que esta base repetiu o milagre bíblico, mudando da água para o vinho a postura, não só dos seus dirigentes, mas da sua categoria. A prova viva esta presente na demonstração de força e mobilização dessa base, por ter sido o único estado que seguiu o calendário de luta e realizou a paralisação do dia 14 de agosto (dia acordado no X CONTECT como de luta em defesa do MONOPÓLIO POSTAL e contra a PRIVATIZAÇÂO DA ECT).
Justamente por ter, hoje, esta postura é que o estado de Sergipe apóia e faz parte dos 18 estados que anularam a MINUTA de PCCS (Alagoas, Amazonas, Bahia, Campinas, Ceará, Distrito Federal, Juiz de Fora, Maranhão, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Vale do Paraíba) e pede aos 14 estados que ainda não realizaram assembléia (Acre, Bauru, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Ribeirão Preto, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santos, São José do Rio Preto, São Paulo e Uberaba) que as façam o mais rápido possível, pois o tempo que deveria ser nosso aliado, a cada dia torna-se mais um oponente.
Os camaradas de Tocantins que realizaram a assembléia e ainda não deram respostas favor informar a FENTECT e aos demais sindicatos sua posição e quanto aos sindicatos que aprovaram a MINUTA de PCCS, reafirmamos, respeitamos a posição tomada, todavia, lamentamos pela decisão por entender que essa não foi a escolha mais acertada e coerente com os interesses ecetistas.
Eu, inclusive, sugiro que os representantes os quais assinaram este acordo com a ECT devem ser destituídos, pois não preenchem os quesitos basilares para representar os interesses coletivos desta categoria. E, quanto a esperar, que estes entreguem seus lugares na COMISSÃO, acredito que é um desejo ausente na cabeça e no coração dos mesmos por duas razões óbvias: primeiro, porque estes já sabem do descontentamento da categoria em relação a eles e se fossem de ceder já o teriam feito, e, segundo, pelos exemplos que acompanhamos no Congresso Nacional, onde alguns parlamentares por mais claros e fundados indícios e provas que existam contra suas condutas parlamentares se declaram inocentes, logo, estes exemplos servem para fomentar os sentimentos mais íntimos de pessoas que ambicionam sinecuras individuais.
Bem, como diz Arthur Schopenhauer: “Há pessoa que vive PARA a política e outros que vivem DA política”, percebem a diferença? Trazendo para nossa realidade, talvez a FENTECT e seus sindicatos associados precisem de mais representantes que trabalhem PARA suas bases e não vivam do trabalho DA suas bases (carreirismo sindical).

Abaixo a Comissão de PCCS e retomada das discussões JÁ!

domingo, 16 de agosto de 2009

Dependência cínica

Corrupção é um vício! E dos mais graves e
pernósticos.
Quem começa tende a aumentar a dose até
perder a noção de ética, moral, realidade e humanidade.
Acostuma-se com o mau-cheiro e passa a
considerá-lo um suave perfume; prostitui-se, mas
se acredita puro e inocente; decai até rastejar na
lama, apesar de sentir-se no “topo da pirâmide”.
Digamos que gera uma “dependência cínica”.
A maior parte dos casos de introdução ao vício
da corrupção está no ambiente familiar. Há casos
seculares, passados de pai, ou mãe, para filho! Mas
nem só de corruptos com linhagem vive esse “grupo
de risco”. Ele é pródigo em aliciar novos adeptos,
normalmente já predispostos, por falha de caráter.
A análise dos ainda poucos casos expostos pela
mídia mostra que tudo começa inocentemente, com
as “caixinhas” e “agrados”. Depois, vem o suborno,
com seus muitos nomes e expressões, que vão
desde os tradicionais: “comissão”, propina,
jabaculê, “por fora”, “molha-mão”, “cala-boca”,
etc., até aos mais modernos, como: “consultoria” e
“reserva técnica”, por exemplo. Como em outros
tipos de vício, as desculpas para entrar são várias:
há os que dizem que aceitam corrupção porque
ganham pouco e precisam comprar o “leite das crianças”.
Dão ao ilícito uma conotação de carência
social. Só que, depois que a “dependência” se instala,
o vício continuará evoluindo mesmo que o
salário não seja mais problema. O “leitinho” vai
virar férias no exterior, carro importado, casa luxuosa,
conta bancária em paraísos fiscais... A partir
daí o “viciado” fará de tudo para manter o padrão
atingido, perdendo completamente a noção do
certo e do errado! A corrupção fará parte de sua
vida em qualquer lugar onde estiver: em casa, na
rua, no lazer ou num templo religioso.
Como qualquer outro dependente, o corrupto
acreditará que ninguém sabe de seu vício. Também
crerá que não está preso a ele e que poderá largá-lo
quando desejar. Então, sem perceber, exporá e até
viciará a própria família, tornando-a tão dependente
quanto ele. Criará a cultura do vício, do “todo mundo
faz!” e do “agora é minha vez!”.
Nas prateleiras da vida serão mercadorias sempre
à venda! [...]
O corruptor, adaptado aos modernos conceitos
de mercado, os chamará, às vezes, de
“facilitadores” _ das dificuldades que eles próprios
criam _, ou “lobistas” de um outro tipo de tráfico,
o de influência, que transforma cidadãos de
quinta categoria, moralmente, em elite. Alguns
corruptores até preferem trabalhar dessa forma, pois
cultivam um prazer sádico e também vicioso por
comprar pessoas ou tê-las “na palma da mão”. [...]
Só voltam à realidade, quando sofrem, eventualmente,
de uma “crise de abstinência”, ou quando
uma “overdose” os expõe na mídia.
Corruptor e corrupto no final das contas não
passam de faces opostas de uma moeda de duas
caras, descaradas. São componentes de uma mesma
“droga”, que lhes dá prazer e financia seus “baratos”
e “viagens”, enquanto a população que paga
a conta tenta ganhar a vida honestamente, trabalhando
dia e noite.
O problema, como sempre, é que tem mais
gente viciada do que pessoal disposto a combater e
erradicar o vício.
(GONÇALVES, Adilson Luiz. Jornal de Crônicas.