Translate

sábado, 25 de julho de 2009

ATÉ QUANDO? Composição: Gabriel o Pensador; Itaal Shur; Tiago Mocotó

Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve
Você pode e você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu
Num quer dizer que você tenha que sofrer

Até quando você vai ficar usando rédea
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea
Pobre, rico ou classe média?
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura

(Refrão)
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando porrada, porrada?
Até quando vai ser saco de pancada?

(Repete refrão)

Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
Seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Você tenta ser contente, não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante
É tudo flagrante
É tudo flagrante

(Refrão x2)

A polícia matou o estudante
Falou que era bandido, chamou de traficante
A justiça prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado e absolveu os PM's de Vigário

(Refrão x2)

A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco:
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco

A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que pra você não ver que programado é você

Acordo num tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede diploma, num tenho diploma, num pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá

Consigo emprego, começo o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego mas na hora que chego só fico no mesmo lugar
Brinquedo que o filho me pede num tenho dinheiro pra dar

Escola, esmola
Favela, cadeia
Sem terra, enterra
Sem renda, se renda. Não, não

(Refrão x2)

Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro

Autor: Carlos Drummond Andrade

'A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está
no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta
que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a
felicidade'.

UNIDADE E ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHADORES É SINÔNIMO DE INTEGRAÇÃO.

Entre os dias 14 e 20 dois dirigentes do sintect/SE, José Ailton e Pedro Araújo, estiveram realizando visita em algumas cidades do interior do estado no intento de integrar os trabalhadores ecetistas de todo território sergipano, levando informações, esclarecimentos, ressaltando a importância do ato de se filiar ao sindicato e o mais importante ouvindo suas queixas e reclamações que foram direcionadas tanto a direção regional, quanto ao sindicato. Os dirigentes não tentaram, em momento algum, justificar as carências apontadas pelos trabalhadores do interior do estado, compreenderam as razões e apresentaram alternativas para encurtar a distância que separa a capital do interior. Os dirigentes, simplesmente, apresentaram seus objetivos, visto que, compunham uma chapa recém eleita, que mesclavam antigos e novos dirigentes e asseguraram que este era um pensamento compartilhado por todos os atuais dirigentes. Entre as cidades visitadas estão: Propriá, Cedro de São João, Itabaiana, Estância, Santa Luzia, Cidade Nova, Umbaúba, Lagarto, Simão Dias, Poço Verde, Tobias Barreto e Itabaianinha. Na visita a cidade de Propriá conseguiram um espaço no programa de Eugênio Santana, radialista da ILHA FM daquela cidade, e ficaram no ar de 12:37 a 13:11 respondendo a algumas perguntas, prestando esclarecimentos a cerca da campanha salarial 2009/2010, esclarecendo alguns inconvenientes (atraso na entrega das correspondências), que vêem afetando a população ribeirinha do baixo São Francisco e cidades vizinhas, bem como todo estado, e, também fizeram uma convocação a todos os funcionários do baixo São Francisco e adjacências a acompanharem as negociações do Comando Nacional com Administração Central da ECT e se necessário apoiar uma possível mobilização nacional. A visita a estas cidades foi muito produtiva, pois conseguimos filiar um grande número de trabalhadores que não eram assistidos pelo sindicato, conseguimos levantar um prognóstico da realidade vivida por atendentes, carteiros e motoristas das cidades supracitadas, além de restabelecer um elo de comunicação importantíssimo para tratar de situações diversas.
Unidade e organização esse é o lema e vamos à luta camaradas.

PARABÉNS AOS 40 ANOS DA ECT.

No dia 20 de março deste ano a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos completou 40 anos de existência, pois foi nesta data no ano de 1969 que o antigo Departamento Postal deixou de existir e passou a existir em seu a empresa público ECT regida pela CLT. O que me assusta é perceber que a administração regional de Sergipe não organizou nada para comemorar uma data tão significativa como esta para todos os trabalhadores que compõe esta empresa. Percebam o valor que é dado a este patrimônio nacional chamado ECT, é assim, que tratam as coisas na nossa Regional, relegam ao esquecimento. Afinal são 40 anos de existência, e para que a empresa não pense que ninguém zela por ela, fica aqui a lembrança póstuma pelo aniversário da ECT, e como dizem as boas línguas “antes tarde do que nunca”

URP É DIREITO DOS TRABALHADORES. PAGAMENTO JÁ!

No final dos anos 80 várias categorias se mobilizaram para exigir dos seus patrões e/ou dos governos os valores referentes às URP’s e muitos foram os trabalhadores que receberam esses benefícios, porém, não foi tão simples, em alguns casos foi necessário que os trabalhadores se organizassem a partir dos seus sindicatos e paralisassem suas atividades por muitos dias para forçar a classe dos patrões a negociar, um exemplo foram os servidores da Previdência Social, que, por exemplo, chegaram a ficar naquela época, quase dois meses em greve, porém atingiram o objetivo desejado e receberam os valores referentes à URP. O mesmo não aconteceu com os funcionários dos CORREIOS, que precisou ingressar na justiça para exigir os valores das URP’s e continuam aguardando mesmo tendo se passado 17 anos. É inaceitável o fato da ECT tentar dificultar o pagamento da URP referente aos Planos Econômicos do final dos anos 80 e ainda tentar imputar ao sindicato a culpa pelo não-pagamento. Agora, ao que tudo indica, parece que os valores serão pagos finalmente aos beneficiários, segundo informações do advogado responsável pela causa. O pagamento destas URP’s representa a conquista de mais um direito dos trabalhadores que há anos vem sendo negado pela ECT, o lamentável é que alguns beneficiários encontram-se falecidos e não terão a oportunidade de desconstruir a idéias de que a justiça só funciona em favor dos poderosos. Oxalá houvesse leis que penalizassem a parte devedora com multa de R$ 500.000,00 por ano decorrido em favor dos herdeiros dos beneficiários.
Agora, façamos uma reflexão, até quando vamos deixar que a empresa ignore nossos direitos? É preciso que se abandone a passividade e servidão habitual e que façamos a revolução já.
Vamos à luta camaradas!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

BOM CONSELHO (Chico Buarque)

Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança

Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar

Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade

domingo, 12 de julho de 2009

UNIDADE E ORGANIZAÇÃO SÃO SINÔNIMOS DE CONQUISTA DO TRABALHADOR

Sempre que entregarmos o nosso destino e os nossos interesses, cegamente, nas mãos de representantes, estamos decretando nossa degola, ou seja, nossa morte. É preciso que se entenda que a escolha dos representantes sindicais reflete, única e exclusivamente, o cumprimento de convenções legais existente nos país democráticos, a exemplo, do Brasil, todavia, isso não significa que depois desses representantes eleitos eles possam fazer o que bem entender com as questões coletivas, pois assim como os trabalhadores elegeram podem, desde que insatisfeito, mudar seus representantes por outros que melhor os ousam e entendam seus desejos e necessidades. Ao longo dos 20 anos de existência do nosso sindicato – SINTECT/SE – várias pessoas estiveram à frente dessa instituição, e, não pretendo julgar a atuação de nenhum deles, pois poderia cair em erro. Mas, quero dizer que se o sindicato andou bem ou mal, isso foi fruto da vontade de todos os trabalhadores dos Correios, que fecharam os olhos em alguns momentos e abraçaram a causa em outros. Agora é um novo tempo, precisamos fortalecer nosso sindicato com o apoio e a união de todos, pois este é o momento de refletirmos sobre que rumo deve tomar a instituição que representa todos – “sem exceção” – os empregados da ECT, sejam carteiros, OTT’s, Atendentes Comerciais, Motoristas, Administradores e profissionais afins. Sindicato forte é sindicato de TODOS, organização e união esse é nosso LEMA.
E vamos em frente CAMARADAS!

FIM DAS TERCEIRIZAÇÕES NO PAÍS E NA ECT. CONTRATAÇÃO JÁ

Redução de salários, diminuição do número de emprego, perdas de direitos, de benefícios, de garantias, enfraquecimento da luta dos trabalhadores e exploração cada vez maior do trabalhador, estas são situações causadas pela terceirização. E devemos ficar atentos, pois a ECT têm, nas últimas décadas, elevado o número de terceirizados em serviços que vão desde os transportes aos serviços gerais.
As terceirizações no nosso país têm contribuído para negar direitos trabalhistas - pois não é incomum encontrarmos trabalhadores sem a devida assinatura da carteira de trabalho, critério básico para qualquer trabalhador - assim como patrocinar alguns donos de empresas, que em alguns casos são familiares e/ou amigos das mesmas pessoas encarregadas dos contratos, ou será que ninguém ouviu falar de algum caso noticiado pela mídia impressa ou televisiva?
Os terceirizados por não serem funcionários da empresa em que trabalha não se envolvem nas lutas por melhores salários e por melhores condições de trabalho, perdendo sua identidade de classe, e, o que é mais grave, espalhando uma idéia de que o trabalhador da empresa é feliz por ter sua carteira assinada, por ter emprego certo, além de outros benefícios. Mas, muito cuidado com essa idéia, que também é a da classe dos patrões, pois se acharmos que temos o melhor emprego do mundo não vamos mais lutar pela melhoria no emprego e poderemos vim a sofrer muitas perdas, que vão desde salários cada vez menores até retirada de direitos que conquistamos com muita luta.